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Ativando a vontade coletiva: Respondendo à pandemia em nível sistêmico


maio 5, 2020

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“O Covid demonstra o poder da vontade coletiva quando concordamos sobre o que é importante. O que mais podemos alcançar, de forma coerente? O que queremos alcançar, e que mundo devemos criar?” – Charles Eisenstein

A Reos Partners trabalha no coração de uma teia global de esforços de múltiplos stakeholders, cada um com o objetivo de gerar mudança num sistema específico. Alguns exemplos são o sistema de alimentos na África do Sul, educação nos Estados Unidos, justiça no Mali, o setor da moda no Brasil, e seguros na Argentina.

Esses sistemas estão enfrentando impactos profundos e efeitos cascata provocados pelo COVID-19. As implicações são extensas, complexas e incertas, afetando diferentes sistemas sociais de formas distintas, com variações de acordo com o tema, setor, território e grupo social.

Cada um dos esforços de mudança sistêmica que apoiamos reúne diversos atores de diferentes setores e perspectivas, engajados em um processo colaborativo, sistêmico e experimental. Neste momento desafiador, eles estão posicionados de forma única para perceber e responder ao COVID-19 não só a partir de perspectivas individuais ou institucionais, mas também da perspectiva do “nós enquanto sistema”.

Estamos acompanhando esses atores enquanto lidam com o COVID e se fazem quatro perguntas-chave:

1. Como podemos ajudar agora?

O time do Lab Moda Sustentável no Brasil tem viabilizado a produção de máscaras e aventais de proteção para hospitais, começando pelos localizados no Rio de Janeiro e São Paulo. Essa rápida resposta envolve a colaboração de atores de toda uma cadeia produtiva, especialistas, setor público, associações industriais, fundações e costureiras trabalhando de casa. As profissionais de costura, que recebem um pagamento justo e atuam sob condições adequadas de trabalho, são parte da iniciativa Tramando Junt@s, um negócio social que surgiu a partir do Lab. A produção mudou rapidamente de roupas para suprimentos médicos, atendendo assim a demanda gerada pela pandemia.

O Lab também colaborou com um pleito setorial encaminhado a diversas instâncias governamentais manifestando sua posição à favor da adoção de medidas emergenciais para pequenas empresas e trabalhadores da cadeia da moda mais afetados pela crise.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, por conta do impacto do COVID-19, alunos e alunas do ensino superior enfrentam uma série de problemas relacionados à perda de renda, o que ameaça seu bem-estar e permanência na universidade. A necessidade de recursos para Auxílio Emergencial aumentou bruscamente. As instituições estão dando seu melhor para atender às necessidades dos/as estudantes de forma imediata, independente de terem ou não sistemas, estrutura e ferramentas prontas para fazê-lo de forma eficiente.

Antes do COVID-19, a Reos Partners já havia desenvolvido uma solução integrada para as instituições de ensino superior: o Emergency Aid Roadmap (Guia para o Auxílio Emergencial). Como desdobramento do Laboratório de Auxílio Emergencial, essa solução possibilita que faculdades façam a transição de processos informais de concessão do auxílio para a implementação de programas estruturados que aumentem a retenção, conclusão e sucesso de estudantes. Atualmente estamos trabalhando junto a vários parceiros para desenvolver um programa de Resposta Rápida para Auxílio Emergencial. A proposta inclui a entrega de uma estrutura básica de suporte que atenda necessidades urgentes e possibilitem que faculdades tenham condições mínimas para oferecer respostas efetivas o mais rápido possível.

2. Como podemos dar continuidade a processos colaborativos através de conexões virtuais?

Muitos dos laboratórios sociais que facilitamos, a exemplo do Justice Transformation Labs (Laboratório de Transformação da Justiça), para Mali e Síria, e o Inclusive Insurance Innovation Lab (Laboratório de Inovação para Seguros Inclusivos), na Índia, Marrocos, Argentina e Ruanda, continuam seu trabalho no ambiente online. Ao usar videoconferências e quadros brancos virtuais, são mapeados coletivamente pontos de alavancagem do sistema, caminhos de transformação e jornadas do usuário, além de criar protótipos para novas e inovadoras soluções.

Essas tecnologias não são conhecidas por muitos/as participantes, que estão aprendendo rapidamente como trabalhar virtualmente enquanto se esforçam para continuar colaborando. Em alguns casos, essas pessoas têm um acesso limitado à internet. Em resposta a essas questões, organizações parceiras, como Hague Institute for Innovation of Law (HiiL), ofereceram internet móvel para estes casos, enquanto a Reos Partners dá orientação sobre como trabalhar com as ferramentas. Tal processo acrescenta uma nova dimensão ao impacto transformador e empoderador desses laboratórios.

3. Como o COVID está afetando nosso sistema e como deveremos responder?

Além de apoiar o trabalho de membros de sua rede para responder a necessidades imediatas e urgentes, o Southern Africa Food Lab (Laboratório de Alimentação da África do Sul) disponibilizou seu site para cAlém de apoiar o trabalho de membros de sua rede para responder a necessidades imediatas e urgentes, o Southern Africa Food Lab (Laboratório de Alimentação da África do Sul) disponibilizou seu site para compartilhar informações sobre como o COVID está afetando o sistema de alimentação como um todo e as possíveis respostas a nível sistêmico. A ação demonstra como a crise está sendo ampliada para toda cadeia de alimentação; destaca as conexões entre insegurança alimentar, má nutrição e a pandemia; e mostra como a situação atual expõe as formas desiguais em que esses sistemas de alimentação operam. A iniciativa também está fomentando e facilitando conversas que possam gerar respostas abrangentes, intersetoriais e, ao mesmo tempo, ágeis.

4. Como queremos emergir disso? Como devemos aplicar nossa imaginação expandida e a redefinição que o COVID-19 impulsionou para repensar nosso sistema para o futuro?

Ao promover uma reviravolta na realidade que conhecemos e causar muita dor e sofrimento, o vírus também cria condições para uma nova transição. Na Reos Partners, estamos ativamente apoiando sistemas sociais para que enxerguem além da crise, em direção ao “novo normal” do seu sistema.

O COVID-19 tem demonstrado como coisas que antes pensávamos serem impossíveis – como renda básica emergencial, alívio da dívida estudantil, moradia para pessoas em situação de rua, regeneração de habitats naturais ou redução significativa da poluição do ar e emissões de carbono – não estão fora do nosso alcance. Mudou profundamente nossa mentalidade em relação à consciência e valor dos “serviços essenciais”. Expôs falhas e potencialidades em nossos antigos sistemas e formas de pensar, fazendo com que confrontemos rapidamente ameaças e oportunidades antes desconhecidas.

Este é um momento de incerteza e de expandir a imaginação. Tem sido até chamado de “a Grande Realização”. No entanto, embora muitos líderes e pessoas tenham percebido algo novo durante esta crise, uma mudança de mentalidade não será suficiente se não conseguirmos traduzi-la em estruturas resilientes, regras, investimentos, hábitos e formas de liderança que possam ser sustentadas após o seu fim.

A perspectiva sistêmica gerada quando alianças de atores diversos trabalham juntos ao longo de um período de tempo nunca foi tão importante. Essas alianças servem como um espaço no qual a direção de um sistema – que está fora do controle de um único ator – pode ser reorientada deliberadamente através da colaboração.

Contribuíram neste artigo: Monica Pohlmann, Lucilene Danciguer, Christel Scholten, Yiannis Chrysostomidis, Giovanni Sgobaro, and Colleen Korniak.

Autores

  • Milena Cayres

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