Em 7 de outubro de 2021, conduzi uma entrevista online com Juan Manuel Santos, Presidente da Colômbia de 2010 a 2018 e agora Professor Visitante da Universidade de Oxford e membro do The Elders (Os Anciões).
Em 2016, recebeu o Prêmio Nobel da Paz por “seus esforços resolutos para colocar um fim à guerra civil do país que durou mais de 50 anos”. Eu o conheci em 1995, nas profundezas desta guerra, quando trabalhamos juntos no projeto multissetorial Destino Colômbia para imaginar novos possíveis futuros para o país, e novamente em 2012 em um projeto hemisférico para encontrar soluções para o problema das drogas nas Américas.
As minhas perguntas ao Presidente Santos centraram-se na sua experiência em primeira mão do processo de paz. Suas respostas trataram das diferenças cruciais entre liderar a guerra e liderar a paz e entre fazer um acordo de paz e implementá-lo, e as maneiras pelas quais seu direcionamento foi influenciado pela interação com as vítimas do conflito e com os povos indígenas.
Mas o ponto que ele destacou, que foi mais marcante para mim – uma pessoa focada em facilitar a colaboração –, foi sobre a dura sinergia entre colaborar (negociar), por um lado, e forçar (obrigar), por outro.
Embora os exemplos que ele deu do conflito colombiano sejam extremos, acho que eles fornecem um lembrete importante para todos os envolvidos na realização de mudanças sistêmicas: geralmente, de uma forma ou de outra, ambas as dinâmicas estão em jogo. Facilitar avanços raramente é sereno ou direto.
*A conversa foi realizada em inglês e é possível assistí-la com legendas em português. Siga este passo a passo:
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