Visão geral
Flip the Clinic é um Laboratório Social que busca mudar drasticamente o atendimento clínico nos Estados Unidos por meio da transformação comunitária da relação paciente-profissional de saúde. As “mudanças” envolvem todos que possuem um papel nessa relação, pessoas de todo o sistema: pacientes, enfermeiros, médicos, técnicos e administradores.
O projeto começou com esforços online para coletar e compartilhar novas maneiras de olhar para a relação entre pacientes e profissionais de saúde. O site fliptheclinic.org continua a funcionar como um centro de discussão e de desenvolvimento. Em 2015 o projeto iniciou um tour de laboratórios Flip the Clinic por seis cidades: workshops de um dia que reuniram pessoas que queriam transformar suas clínicas locais. Quando o tour terminar, o trabalho continuará estimulando conversas de acompanhamento e treinamento para participantes que precisam de ajuda para promover a mudança.
“Flip the Clinic está criando a possibilidade de termos um novo sistema”, afirma o cirurgião, pesquisador em saúde pública e escritor Atul Gawande. “Está criando um momento fundamental, como a consulta de vinte minutos, que pode ser muito poderoso para o atendimento em saúde.”
Histórico
Facilitado pela Reos Partners, o Flip the Clinic é um projeto da Fundação Robert Wood Johnson e do empreendedor Thomas Goetz, autor de The Decision Tree: How to Make Better Choices and Take Control of Your Health (A Árvore de Decisões: Como Fazer Melhores Escolhas e Tomar o Controle de Sua Saúde, em tradução livre). O projeto foi inspirado pelo sucesso da Khan Academy em “mudar” a sala de aula ao, entre outras coisas, deixar a transmissão de informação (as aulas) para fora das salas de aula – no YouTube – de forma que aquele espaço fosse usado para resolver problemas, prestar assistência e avaliar os alunos.
Os Desafios
Um médico normal do atendimento primário tem mais de 2.300 pacientes, e as consultas entre pacientes e especialistas costumam ser superficiais (a famosa consulta média de 15 minutos) e infrequentes. Consequentemente, tais consultas são encontros de alto custo, que envolvem muitos recursos e têm um valor surpreendentemente limitado. Sob essas circunstâncias, como essas consultas poderiam ser mais eficazes e satisfatórias?
“Frequentemente o tempo que pacientes e profissionais da saúde passam juntos não é o ideal”, afirma Michael Painter, médico e líder de programa na Fundação Robert Wood Johnson. “Para muitos, o que deveria ser um momento de cura se tornou uma experiência desmoralizante e insatisfatória. Todos deveríamos ter a oportunidade de reinventar e recriar essa experiência.”
Impacto
www.fliptheclinic.org
O site Flip the Clinic é uma parte importante do projeto. É nele que as pessoas podem contribuir com ideias e comentários sobre as mudanças e, conforme o projeto evolui, acompanhar seu progresso desde a ideia ao programa piloto, além de se inscrever para fazer parte do programa piloto, descobrir como realizar uma mudança em sua própria comunidade e explorar as conclusões do projeto. Mais de 30 mudanças estão em discussão no estágio das “ideias”. Apenas um exemplo de mudança: “Usar melhor o tempo do paciente na sala de espera” (mudança nº 31).
Iniciativas no Twitter
#IWishMyDoc (Eu Queria que meu Médico) e #IWishMyPatient (Eu Queria que meu Paciente) buscam criar contexto, melhorar a compreensão e empatia e gerar mudanças.
Tour de laboratório por seis cidades
Lançado em janeiro de 2015, o tour de laboratório do Flip the Clinic por seis cidades está reunindo pacientes, médicos, administradores em saúde e inovadores para compartilhar ideias, desenvolver estratégias de implementação de maneira colaborativa e aprender a como cultivar e apoiar culturas que permitam mudanças em suas organizações. Após cada workshop de um dia, os participantes compartilham o que aprenderam e exploram as necessidades locais com toda a comunidade no Fórum Comunitário Flip the Clinic, um evento público. O tour passa por São Francisco, Phoenix, Austin, Durham, Minneapolis e Filadélfia.