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Colaborando para transformar os sistemas alimentares brasileiros

Reos Partners
Agosto, 2022

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Entenda como a Reos ajudou a construir uma plataforma colaborativa para transformar os sistemas alimentares brasileiros junto ao Laboratório Urbano de Políticas Públicas Alimentares no Brasil (LUPPA).


O Brasil enfrenta questões de segurança alimentar, nutrição, distribuição e justiça que são comuns em todo o mundo. Mais de 50% da população brasileira vivencia algum grau de insegurança alimentar. Ao mesmo tempo, mais de 25% da população adulta é obesa. A insegurança nutricional é um grande problema que leva à obesidade, desnutrição e um custo significativo para a saúde pública. O custo de uma alimentação saudável é uma barreira para muitos, e a urbanização maciça leva a gargalos de distribuição. A produção de alimentos também é afetada por e agrava as mudanças climáticas.

Uma Abordagem Sistêmica às Políticas Alimentares

O Laboratório Urbano de Políticas Públicas Alimentares no Brasil, conhecido como LUPPA, é uma plataforma colaborativa para facilitar a construção de políticas alimentares municipais integradas, participativas e com abordagem sistêmica.

Co-desenhado pelo Instituto Comida do Amanhã e em parceria com ICLEI América do Sul, Instituto Ibirapitanga, Instituto Clima e Sociedade (iCS) e Reos Partners, o LUPPA apoia cidades a construírem sistemas alimentares saudáveis, justos e sustentáveis, que beneficiem as pessoas e o planeta, sejam resilientes às vulnerabilidades climáticas e econômicas e promovam justiça social.

A plataforma contínua faz isso convidando os governos municipais e outros atores dos sistemas alimentares urbanos a colaborar, incentivando o compartilhamento de conhecimento, fornecendo apoio e inspirando atores para construir um sistema alimentar mais forte.

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Cidades participantes do LUPPA

Primeira Edição do LUPPA

Em 2019, as Diretoras do Instituto Comida do Amanhã, organização idealizadora do LUPPA, foram apresentadas à Reos por uma conexão mútua do Laboratório Alimentar da África Austral (Southern Africa Food Lab), que Reos ajudou a lançar em 2009 para combater a fome severa na região. Scott Drimie, diretor do Lab Africano, reconheceu objetivos semelhantes entre seu laboratório e o LUPPA. Explica Mônica Guerra Rocha, Diretora  do Instituto Comida do Amanhã e Co-coordenadora do LUPPA, “Ele compartilhou o processo de construção do Laboratório Alimentar da África Austral, comentou sobre a experiência e competência da Reos no apoio metodológico e condução de laboratórios sociais e quão importante foi o trabalho com a Reos na estruturação do processo de consolidação do Lab Africano.”

A Reos co-desenvolveu a metodologia do LUPPA e co-facilitou a primeira edição, em 2021, que teve início com uma chamada aberta para as cidades participarem. Mais de 20 cidades brasileiras aderiram à primeira edição com representantes de governos e conselhos locais de alimentação. O grupo também incluiu “cidades mentoras”, experientes no desenvolvimento e implementação de políticas alimentares.

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Mapa das cidades participantes da primeira edição do LUPPA

O escopo do projeto envolveu uma série de oficinas e seminários online, utilizando uma metodologia dinâmica e colaborativa, que estimulou e possibilitou o diálogo entre os participantes. Ao longo da experiência, os participantes trabalharam juntos para desenvolver planos de ação para transformar seus sistemas alimentares locais. Ao final, dez cidades foram selecionadas para receber mentorias e receberem apoio para desenvolver seus planos de ação.

Ao encerrar a primeira edição, Juliana Tângari, Diretora do Instituto Comida do Amanhã e Coordenadora Geral do LUPPA, comenta a experiência:

"Os resultados são animadores. Em algumas cidades onde faltava diálogo entre governo e conselho, a participação no LUPPA ajudou a consolidar laços e estabelecer relações necessárias e promissoras.”

A fase inicial do LUPPA demonstrou a necessidade de colaboração ágil. Conforme observado por um participante, “Esta edição mostrou que as iniciativas colaborativas são urgentes e que as cidades melhoram suas capacidades por meio de processos de troca, onde compartilham experiências, reconhecem suas conquistas e aprendem umas com as outras.”

Trabalhando juntos e trocando aprendizados e ideias, o LUPPA provou que as cidades podem contribuir para mudanças sistêmicas. Os encontros reforçaram a necessidade da interseccionalidade e participação social para desenhar soluções eficazes de segurança alimentar.

O Futuro do LUPPA

Com base no sucesso da primeira edição do LUPPA, a segunda edição  acontecerá de novembro de 2022 a julho de 2023 com 10 novas cidades, que foram definidas em agosto. Seguindo em frente, o projeto pretende desenvolver edições anuais, cada uma composta por:

  • 10 novas cidades
  • Uma comunidade maior de gestores e conselhos municipais conectados
  • Mais diversidade territorial e cidades de todos os biomas brasileiros, além de consolidar a participação da Amazônia

No futuro, o LUPPA espera estender seu alcance além do Brasil, convidando a participação de cidades da América Latina e do sul global.

Saiba mais sobre o LUPPA e a primeira edição do projeto:

 

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